Quem passeia pelas ruas do centro de Santa Maria, percebe que a cidade respira história. Fachadas de prédios antigos guardam lembranças de outra época e se misturam com construções contemporâneas, criando um cenário encantador para quem observa os detalhes. Neste dia do Patrimônio Histórico, separamos uma lista com curiosidades de alguns dos mais surpreendentes locais históricos.
Arquivo DSM/Marcelo Oliveira
Arquivo Municipal
Arquivo Municipal
Praça Saldanha Marinho
A Praça Saldanha Marinho divide o espaço com o Theatro Treze de Maio e recebe eventos como a Feira do Livro, feiras de brechó e feiras de produtores locais. Antes de receber o nome pelo qual é conhecida até hoje, o local já foi chamado de Praça Conceição, Capelinha e Praça da Matriz. Somente no início do século XX, a praça mudou de nome em homenagem ao engenheiro Joaquim Saldanha Marinho Filho.Atualmente, abriga um coreto e um chafariz, mas, em 1909, acomodava um quiosque de madeira chamado Casa de Chopps, que foi consumido por um incêndio em 1922. O local ainda ganhou outro quiosque, que perdurou até 1933 quando a praça passou por uma reforma. O coreto foi construído e o chafariz tomou o lugar que antes era ocupado pelo quiosque.
Arquivo Municipal
Arquivo Municipal
Prédio da esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Andradas
O prédio que abriga o Hipermercado Carrefour já foi um espaço de muito estudo e aulas práticas, mas quase não foi erguido pela falta de tijolos que ocorreu em 1919. A Escola de Artes e Ofícios começou a ser construída ainda em 1919 e só foi inaugurada em 1922, quando ficou pronto o primeiro pavilhão, próximo ao atual Banco do Brasil. Na época, a escola contava com o material mais moderno do momento, fato que começava a transformar a cidade em um centro estudantil.A Escola se expandiu cada vez mais: foi construído um novo pavilhão para carpintaria, marcenaria e atividades relacionadas à linha férrea, além de outro pavilhão com refeitório e dormitório para os alunos internos. Posteriormente, se tornou a Escola Industrial Hugo Taylor, reconhecida pelo decreto 11.911, de 17 de março de 1943. Os cursos ofertados na época eram: Fundição, Serralheria, Mecânica de máquina, Máquinas e instalações elétricas, Carpintaria, Alfaiataria e Corte e Costura.Em 1954, foi registrado um incêndio que destruiu parte do internato da escola. Foi recuperada com verbas do Governo Federal. Atualmente, a parte interna é remodelada, mas a fachada frontal ainda preserva detalhes da época.
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Edifício João Fontoura Borges
Arquivo DSM/Gabriel Haesbaert
Arquivo Municipal
O prédio localizado na rua Venâncio Aires, quase em frente a Praça Saldanha Marinho abrigava a Sede União dos Caixeiros Viajantes (SUCV). Fundada em 1913, tinha como objetivo defender os interesses da classe dos caixeiros-viajantes, além de prestar auxílio e oferecer subsídio cultural, como museu e biblioteca. Durante sua história, viveu várias reformas.Empresas comerciais começaram a ocupar o térreo do edifício a partir da década de 1980. Atualmente, o local abriga a farmácia Cruz Vermelha e outros empreendimentos.Sede União dos Caixeiros Viajantes (SUCV) – Edifício João Fontoura Borges.
Arquivo DSM/Ronald Mendes
Casa Manoel Ribas
Manoel Ribas é um nome popular em Santa Maria. Ele veio para o Coração do Rio Grande em 1905, pela estação Ferroviária, e foi um dos Fundadores da Cooperativa dos Ferroviários da Viação Férrea do Rio Grande do Sul.Manoel tinha conhecimento administrativo e empresarial. O conhecimento dele foi essencial para a criação das Escolas de Artes e Ofícios de Santa Maria, que tinha como propósito formar mão de obra especializada para trabalhar na Viação Férrea, além de profissionalizar os filhos dos ferroviários em outros segmentos.
Manoel Ribas morou na Avenida Rio Branco, próximo a Vila Belga. Na carreira em Santa Maria, também foi prefeito da cidade e deu o nome ao Colégio Estadual Manoel Ribas, apelidado de Maneco.
Arquivo DSM/Marcelo Oliveira
Vila Belga
Quem anda entre o Maneco e Estação Gare aos domingos, pode se deparar com o Brique da Vila Belga, que ocorre a no primeiro e terceiro domingo do mês. A Vila conta com casas coloridas, marca registrada, e é considerada patrimônio histórico e cultural do município de Santa Maria, por Lei Municipal (nº 2983/88), e Estadual (IPHAE) desde 1988.
O nome do local faz referência à nacionalidade da empresa belga Compagnie Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil e aos primeiros moradores. A Vila Belga voltou a ser moradia em 1997, quando as casas passaram a ser propriedades particulares.
O local é um patrimônio histórico tombado e acolhe centenas de moradores em suas casas coloridas com janelas charmosas, essa última característica, é marca da arquitetura belga da época.
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